Linhas de levantamento estrutural: correção do viés de orientação a partir de planilhas eletrônicas

Pino, Daphne Silva; Roy, Denis; Rouleau, Alain; Fernandes, Amélia João; Bertolo, Reginaldo Antônio

doi:10.33958/revig.v40i3.675

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“…Esse viés ocorre devido ao ângulo formado entre as fraturas e o plano do afloramento, de modo que a observação direta das estruturas, na maioria dos casos, não representa adequadamente a proporção de descontinuidades de diferentes grupos de fraturas, e subestima o espaçamento real entre fraturas de um mesmo grupo. Esta correção pode ser feita diretamente a partir de algumas das ferramentas de geração de estereograma, assim como por meio de fórmulas em planilhas eletrônicas, como descrito e aplicado por Pino et al (2019).…”

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“…para entender o tipo de falhamento; tipo de estrutura (junta, falha, zona de falha); comprimento; forma (plana, curva, ondulada); rugosidade, classificação visual de acordo com o Coeficiente de Rugosidade de Junta (JRC)(Barton e Choubey, 1977); alteração; revestimento; preenchimento; tipo de terminação (em outra fratura, em rocha, oculta); presença de água e/ou de vegetação. A relação de parâmetros baseou-se nas discussões apresentadas porFernandes et al (2016) ePino et al (2019), com adaptações quando necessário. Para o melhor entendimento da correlação entre os diferentes grupos de fraturas, desenhos manuais dos afloramentos sobre fotos digitais foram elaborados em campo, buscando representar ao menos uma fratura de cada um dos grupos identificados nos afloramentos Priest (1993).…”

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Caracterização estrutural em top-down de aquíferos fraturados: exemplo em Barra Mansa, Rio de Janeiro

Sartorio¹,

Bertolo²,

Pino³

et al. 2021

R. Águas Subter.

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No contexto brasileiro, aquíferos cristalinos fraturados têm importância significativa para o abastecimento público e privado nas regiões mais povoadas e de maior relevância econômica, o que justifica a necessidade de se avançar cada vez mais no seu conhecimento. Em geral, entretanto, várias das técnicas e ferramentas adequadas para a investigação desse meio geológico ainda são pouco exploradas na totalidade, tanto para as tarefas de locação de novos poços, como para a previsão do comportamento de contaminantes em situações de investigação de áreas contaminadas. Neste estudo, se pretende chamar a atenção para a aplicação conjunta de técnicas convencionais para o desenvolvimento de um modelo conceitual geológico numa área contaminada em aquífero fraturado, cujos resultados embasam as etapas de investigações subsequentes, mais avançadas. A metodologia integra três técnicas tradicionais e não invasivas, com escalas de investigação se desenvolvendo da regional para a local (top-down): (1) análise de lineamentos; (2) amostragem estrutural em afloramentos; e (3) imageamento geofísico pelo método de caminhamento elétrico. No caso estudado, as três técnicas geraram resultados progressivamente consistentes para a melhor caracterização do aquífero, possibilitando a identificação dos trends estruturais e dos principais grupos de fraturas da região. Assim, os lineamentos identificados guardaram ótima correlação com os trends estruturais identificados em campo; similarmente, zonas de baixa resistividade identificadas nos caminhamentos elétricos coincidiram com a localização dos lineamentos e das zonas de fraturas. A correlação entre os resultados das três etapas foi fundamental para a melhor compreensão da dinâmica de fluxo do aquífero, estabelecendo, em escala local, o modelo conceitual geológico-estrutural e as estruturas que apresentam maior potencial para fluxo de água e, potencialmente, para o transporte de contaminantes.

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