Atividades antrópicas modificam e reduzem ambientes naturais, fragmentando ecossistemas e afetando a riqueza, distribuição e abundância das espécies de aves. Este trabalho objetivou observar a avifauna em três fragmentos remanescentes de Mata Atlântica, no Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, Campus Barbacena. As aves foram observadas com binóculos, câmeras fotográficas e playback (gravação de vocalização de aves específicas), nos períodos matutinos e vespertinos, de maio/2018 a janeiro/2019. Pelo método Mau Tau estimou-se a riqueza e curva de rarefação e pelo coeficiente de similaridade de Jaccard estimou-se a distribuição das espécies nos três fragmentos. Calculou-se a abundância nos fragmentos pela frequência de cada espécie dividida pelo total de saídas a campo. A riqueza estimada foi de 76 espécies, 32 famílias e 14 ordens, sendo 13 espécies endêmicas da Mata Atlântica. A curva de rarefação tendeu a não estabilidade, demostrando necessidade de mais coletas de dados. A distribuição e composição de espécies mais similares (J = 0,455). Há similaridade na composição e distribuição de espécies observadas nos fragmentos F01 e F02. No F01 observou-se Scytalopus iraiensis, endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção. Das 76 espécies, 18 foram abundantes, oito frequentes, 11 comuns e 39 acidentais. A maior abundância nos três fragmentos foi a Psittacara leucophthalmus e a guilda alimentar insetívora. Os fragmentos preservavam espécies da Mata Atlântica (76), endêmicas (13) e ameaçada de extinção (01). Esforços de proteção desses remanescentes minimizam os impactos na avifauna da Mata Atlântica.