Objetivo: analisar e descrever as anomalias congênitas (ACs) entre nascidos vivos de mães residentes em Maceió, AL, Brasil, durante o período 2012-2021. Método: estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativo, tendo como fonte de dados o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: de 146.056 nascimentos, 1.252 foram registrados com ACs (8,7/1.000 NV); houve incremento de 21,4% no registro de AC em 2021, representando 10,8/1.000 nascidos vivos. Assim sendo, a prevalência de NV com ACs foi maior entre mães de faixa etária de 20 a 29 anos 566 (45,2%), e menos frequente acima de 45 anos. Quanto a escolaridade a maioria possuía entre 8 a 11 anos de estudo (54,6%), seguido de mães com grau de instrução entre 4 a 7 anos de escolaridade (25,4%). Quanto o número de consultas de pré-natal, a maioria realizou mais de 7 consultas (42,1%), sendo a relação ao tipo de gravidez a quase totalidade foi de gravidez única (97,4%) e ao tipo de parto, a maioria foram parto cesáreo 63,5%. A maioria dos NV com ACs apresentaram peso adequado ao nascimento superior a ≥2500 (g), representando 76,4% dos NV, sendo que 23,6% estavam com baixo peso ao nascer. Conclusão: observou-se baixa prevalência de AC, possivelmente relacionada ao registro no nascimento inadequado. Em todo caso, o pré-natal e o momento do parto são cruciais para um diagnóstico e encaminhamentos necessários para boa vitalidade e saúde do recém-nascido. Diante do exposto é possível concluir que as anomalias congênitas são de causa multifatorial, não estando necessariamente relacionadas à imaturidade física materna ou à idade gestacional, mas, são fatores relevantes em sua avaliação.