ResumoEnquadramento: A disfagia é uma das complicações do acidente vascular cerebral, com sérias repercussões na capacidade da pessoa para a reconstrução da autonomia e graves complicações respiratórias, nutricionais e psicológicas. Objetivo: Identificar os focos/diagnósticos e intervenções, documentados pelos enfermeiros, em resposta às necessidades de cuidados à pessoa com deglutição comprometida após acidente vascular cerebral. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo e retrospetivo, realizado num serviço de internamento num centro de reabilitação, com recurso a análise estatística descritiva da documentação de enfermagem entre janeiro e maio de 2019. Resultados: Os diagnósticos mais frequentemente documentados são no domínio do autocuidado (53,9%) e as intervenções documentadas em maior número são da ação do tipo observar (49,2%). Os registos no domínio da deglutição, quer nos diagnósticos, quer nas intervenções, são escassos. Conclusão: Nas terapêuticas de enfermagem na pessoa com deglutição comprometida após AVC existem intervenções dirigidas a este foco, independentemente dos diagnósticos documentados. Os resultados sugerem que, apesar de se constituir como foco de atenção na prática dos enfermeiros, existirá alguma limitação na sua documentação.
AbstractBackground: Dysphagia is one of the complications of stroke, with a severe impact on the person's capacity to recover autonomy, and severe respiratory, nutritional, and psychological complications. Objective: To identify the foci/diagnoses and interventions, documented by nurses, in response to the care needs of the person with post-stroke dysphagia. Methodology: An exploratory, descriptive, and retrospective study was conducted in an inpatient service of a rehabilitation center, using descriptive statistical analysis in nursing documentation between January and May 2019. Results: The diagnoses most frequently documented are related to self-care (53.9%), and the most documented interventions are of the observing type (49.2%). Documentation of swallowing-related diagnoses and interventions is scarce. Conclusion: There are interventions directed at this focus in nursing care to the person with post-stroke dysphagia, regardless of the documented diagnoses. The results suggest that, although they constitute a focus of attention in nursing practice, their documentation is limited.