“…Essa periferia, por vezes, é explicitamente visível a olho nu, mas não tem que necessariamente o ser. Na sua abstração, pode disfarçar-se nos desígnios da sua infraestrutura física, emulando, por isso, uma aparência de centro que, até certo ponto, acaba por invisibilizar as carências presentes no seu contexto, que podem ser das mais variadas naturezas -cultural, educacional, familiar, socioeconómica (Freires, 2019). Conscientes dos processos de invisibilização que a periferia pode acionar, e certos de que se trata de um conceito polissêmico, neste artigo, abordamos como, no processo de pesquisa, a abordagem biográfica permitiu problematizar a noção de periferia.…”