ResumoO transplante hepático é um recurso caro e sofisticado e, quando o procedimento é bem sucedido, tende a proporcionar uma melhora física significativa, apesar da necessidade de acompanhamento médico e do uso de medicações imunossupressoras durante toda a vida. Uma das preocupações atuais das equipes transplantadoras é a qualidade de vida dos pacientes após o transplante, e a presença de sintomas depressivos de pacientes portadores de doença hepática crônica, transplantados e em lista de espera, para transplante de fígado. A amostra constou de 15 pacientes transplantados e 15 aguardando transplante. Foram utilizados: ficha sociodemográfica, Short-Form Health Survey (SF-36), Inventário Beck de Depresão (IBD) e a classificação de gravidade de doença Child-Turcotte-Pugh (CTP). A qualidade de vida dos transplantados apresentou melhor resultado quanto aos domínios do componente físico e pior nos domínios do componente mental do SF-36. Os resultados do IBD revelaram uma tendência dos transplantados a apresentar escores para depressão maior que aqueles em lista de espera. Os pacientes transplantados, embora com escores para depressão mais elevados, apresentaram melhora da capacidade física e da qualidade de vida em relação ao componente físico, porém mostraram piora em relação à condição psicossocial.Palavras-Chave: Qualidade de vida; depressão; transplante de fígado.
AbstractThe liver transplant is an expensive and sophisticated resource and, when successful, provides a significant physical improvement, despite the need for medical surveillance and the use of immunosuppressive medications throughout life. One of the transplanting team's current concerns is the patients' quality of life after the transplant and the presence of depressive symptoms in transplanted patients with chronic liver disease and those in the waiting list for liver transplant. The sample consisted of 15 transplanted patients and 15 waiting transplant. The following were used to assess the patients: sociodemographic form, Short-Form Health Survey (SF-36), Beck Depression Inventory (BDI), and the Child-Turcotte-Pugh (CTP) rating of illness severity.The quality of life of those with a liver transplant produced better results concerning the SF-36 physical component areas and worst in the mental components. The BDI results revealed a tendency for those with a transplant to present greater depression scores than those in the waiting list. Even though the transplanted patients presented higher scores for depression, they showed an improvement in the physical capacity and quality of life in relation to the physical component, but showed worsening in relation to psychosocial condition.