“…As diferenças entre o preconceito e o bullying podem ser entendidas como resultantes do desenvolvimento da personalidade em diferentes momentos históricos, revelando a relação invertida entre a parte e o todo, ou seja, quanto mais desenvolvida a sociedade, menos desenvolvida será a personalidade: (...) o bullying é uma forma de manifestação individual suscitada por uma sociedade bastante desenvolvida e traz consigo necessidades psíquicas menos desenvolvidas dos que as que se apresentam no indivíduo que tem o preconceito mais arraigado, indicando que, com as mudanças na estrutura da sociedade, caracterizada principalmente pela passagem do capitalismo mercantilista para o de monopólios, a estrutura da personalidade preconceituosa não somente se modifica, mas torna-se menos desenvolvida, como argumentam Horkheimer e Adorno (1947Adorno ( /1985, citados em Crochík (2019, p. 4) A respeito de ações para enfrentamento do bullying nas escolas, duas pesquisas merecem ser citadas: uma realizada com diretores e coordenadores pedagógicos (CROCHÍK et al, 2014) e outra realizada com professores (SILVA et al, 2017), ambas feitas em escolas públicas e os resultados discutidos à luz da teoria crítica. Dessa forma, o ponto de partida para o entendimento do bullying é a relação entre totalidade e o particular, ou seja, a dimensão social é essencial à compreensão das manifestações particulares de violência.…”