“…Entretanto, as análises produzidas sobre a disciplina pelas pesquisas em questão eram pautadas, como visto acima, em eixos temáticos preocupados em compreender como os conceitos e temas geográficos eram desenvolvidos (ou não) em sala de aula; desde então, parece possível que já se investigava os anos iniciais por uma ótica normativa e/ou moralizante, tentando entende-los a partir de uma estrutura disciplinarizante semelhante ao âmbito acadêmico. se, ainda, um aparente antagonismo que ambas as práticasde Estudos Sociais e de Geografiaestabelecem uma com a outra, na medida em que uma é extinta e a outra ganha espaço, as investigações se voltam para esta última, ignorando a tradição, práticas consolidadas e possíveis potencialidades da primeira.A formação de docentes para atuar na educação básica far-seá em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade.SegundoPinheiro (2012), "mesmo admitindo a formação em nível médio [do Curso Normal], em muitos estados os governos passaram a desestimular e não mais oferecer a partir de 2006 os cursos de formação de professores no ensino médio, os quais passaram a ser responsabilidade do curso superior de Pedagogia". Os pedagogos por formação assumem, assim, uma posição de destaque na educação dos anos iniciais.Mesmo reconhecendo que o geógrafo não costuma ser uma figura frequente no cotidiano dos anos iniciais, a sua participação no debate sobre quais os temas, conteúdos e categorias geográficas e como estes devem ser ensinados é ainda preponderante quando comparado com os pedagogos.Refletir sobre as possibilidades que representa, no processo de alfabetização, o ensino de geografia, passa a ser importante para quem quer pensar, entender e propor a geografia como um componente curricular significativo.…”