Lygia Pape, arte, design gráfico, memória gráfica brasileira O design gráfico desenvolvido por Lygia Pape na Piraquê tem se mostrado notavelmente longevo, pois ainda hoje exerce influência sobre muitas pessoas. Este artigo tem por objetivo identificar os possíveis fatores relacionados ao fenômeno e tecer, em torno deles, breves considerações. Para isso realizou-se uma revisão bibliográfica, seguida de uma explanação acerca da condição de permanência da criação. Subsequentemente, foram apresentados os fatores identificados, articulados com informações extraídas de instâncias que atravessam a temática. O estudo integra uma tese de doutoramento em curso que busca confirmar estas informações e refletir acerca das suas implicações sobre o campo do design e a compreensão dos fatores imbricados na construção de uma identidade gráfica.
Lygia Pape, art, graphic design, brazilian graphic memoryThe graphic design developed by Lygia Pape at Piraquê has proved to be remarkably long-lasting, as it still influences many people today. This article aims to identify the possible factors related to the phenomenon and weave, around them, brief considerations. For this, a bibliographic review was carried out, followed by an explanation about the permanence condition of creation. Subsequently, the identified factors were presented, articulated with information extracted from instances that cross the theme. The study is part of an ongoing doctoral thesis that seeks to confirm this information and reflect on its implications for the field of design and the understanding of the factors involved in the construction of a graphic identity.1 Introdução Em 2009 a Piraquê empreendeu uma atualização gráfica das suas embalagens de biscoito.Embora tais procedimentos sejam corriqueiros, a iniciativa interferia num trabalho diferenciado: o layout dos artefatos havia sido criado por Lygia Pape , uma das mais celebradas artistas brasileiras.As alterações não foram bem recebidas, pois o redesenho das embalagens não preservava de modo apropriado as referências da artista. Para a classe especializada a empresa incorria em erro estratégico, e alguns clientes queixavam-se de dificuldades no reconhecimento dos produtos sob o novo visual. Em vista disso, acreditava-se que o processo decretaria o fim da propagação daquela expressão. No entanto, anos depois, com a aquisição da empresa pela M. Dias Branco em 2018, a nova detentora da marca criou uma coleção que transformou as
Anais do 11º CIDI e 11º CONGIC