INTRODUÇÃO: A anestesia local promove bloqueio da sensibilidade em determinada região do corpo por meio do uso de medicações chamadas de anestésicos locais. O seu uso pode ser tópico ou por infiltração. Essa técnica é aplicada para que a criança não sinta dor, assim, menos incômodo no período intra e pós-operatório. Em geral, a anestesia local apresenta raros efeitos adversos. No entanto, sua administração deve ser criteriosa para se evitar os efeitos de superdosagem e toxicidade da droga, como convulsões, depressão cardiovascular por vasodilatação e ação inotrópica negativa. Dessa forma, o profissional responsável pela aplicação do fármaco deve sempre estar atento para as possíveis complicações, pois elas podem ser potencialmente graves para a criança. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática, na base de dados da PubMed, com os descritores: “local anesthesia” AND “minor surgeries” AND “pediatrics”, nos últimos 10 anos. Foram selecionados 7 artigos científicos, com texto completo e gratuito, sendo excluídos artigos que não se enquadraram nos objetivos do presente estudo. RESULTADOS: Os procedimentos cirúrgicos ambulatoriais pediátricos são um desafio para os cirurgiões. Atualmente, o uso da anestesia local continua sendo a escolha para os procedimentos cirúrgicos de baixa complexidade, devido a seu baixo risco de reações adversas e complicações. A mistura eutética de creme de anestésico local, de uso tópico pode ser aplicada em alguns procedimentos cirúrgicos, como a circuncisão neonatal, tendo efeito analgésico considerável e resposta adversa mínima à dor, em comparação com outros métodos. Além disso, alguns anestésicos locais, como a dexmedetomidina, podem ser utilizados em associação com outras técnicas de analgesia, a exemplo da anestesia de neuroeixo, para obtenção do melhor controle da dor e menos risco de efeios colaterais. CONCLUSÃO: Portanto, torna-se evidente a importância das medicações anestésicas desde o seu uso como anestésico local para pequenos procedimentos até o seu uso em conjunto com outros métodos para cirurgias de maior complexidade na pediatria. No entanto, apesar do baixo risco de reações adversas e complicações com o uso de anestésicos locais, é fato que os profissionais da saúde devem estar sempre atentos tanto à dose quanto à toxicidade da droga administrada, principalmente por se tratar de pacientes pediátricos que podem possuir diferentes idades, comorbidades e, consequentemente, diferentes condutas a fim de evitar complicações indesejáveis como convulsões, depressão cardiovascular por vasodilatação e ação inotrópica negativa, por exemplo.