INTRODUÇÃOColangiocarcinomas são formas incomuns de neoplasia gastrointestinal, cuja incidência varia de 0,01% a 0,8% 8 . Os tumores de Klatskin (TK) são colangiocarcinomas hilares (CCCH) 16 originados na bifurcação do ducto hepático principal 9 , cuja localização é extra-hepática. Correspondem a 25% de todos os colangiocarcinomas e são frequentemente adenocarcinomas 5 . Classificação de Longmire para as vias biliares extra-hepáticas, divide-os em tumores dos terços proximal, médio e distal 8 .A clínica é principalmente icterícia obstrutiva 6 , além de dor abdominal em hipocôndrio direito e perda de peso 7 .Os fatores de risco principais para o seu desenvolvimento são: cirrose, colangite esclerosante primária, coledocolitíase crônica, adenoma ductal, papilomatose biliar, doença de Caroli, cisto de colédoco e infestação parasitária biliar 12 . Contudo, a maioria dos pacientes permanece com etiologia desconhecida 12 .A letalidade é alta 13 e a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha; porém, a maioria está, no diagnóstico, em estágios avançados envolvendo estruturas adjacentes e, por conseguinte, irressecáveis 6,8,10,14 . O prognóstico é pior nas lesões do terço superior, o que ocorre ente 40% e 60% dos casos 6,15 . Assim, a morbidade desse tumor atinge taxas de 30% a 50%, enquanto que a mortalidade não ultrapassa 10% 15 .Derivação bilio-digestiva, após ressecção, é uma forma de reconstrução do trânsito, e a operação de Longmire é habitualmente utilizada. O procedimento de colangiojejunostomia intra-hepática 9,16 usa o ducto hepático esquerdo distal para a anastomose bílio-digestiva.
RELATO DO CASOHomem de 68 anos, natural e procedente de Itajaí, procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e tomografia computadorizada demonstrando lesão na bifurcação dos ductos hepáticos com pequena dilatação das vias biliares e sem critérios de invasão adjacente ou metástases. Foi solicitada colangiorressonância magnética que confirmou os achados da tomografia.Levado à laparotomia exploradora com incisão subcostal bilateral, verificou-se massa em hilo hepático com invasão portal, hepática e do complexo duodenopancreático. Sendo contraindicada a ressecção, optou-se por derivação biliodigestiva e hepatectomia parcial esquerda com anastomose hepaticojejunal (Figura 1). Houve boa evolução no pós-operatório, com diminuição da icterícia. Objetivos -Relatar um caso de tumor de Klatskin submetido à drenagem cirúrgica da via biliar intra-hepática. Relato do caso -Homem de 68 anos, procurou assistência médica com quadro ictérico intenso e colangiorressonância magnética confirmou o diagnóstico de tumor de Klatskin. Levado à laparotomia exploradora verificou-se massa em hilo hepático com invasão portal, hepática e do complexo duodenopancreático. Optou-se por derivação biliodigestiva e hepatectomia parcial esquerda com anastomose hepaticojejunal. Houve boa evolução no pós-operatório, com diminuição da icterícia. Conclusão -A derivação biliodigestiva no tratamento do tumor de Klatskin é procedimento que alivia o quadro ictéric...