Para atender as emergências climáticas, faz-se necessário um olhar alternativo sobre a preservação da qualidade dos recursos naturais, bem como a identificação das resiliências dos ecossistemas, que comportam a biodiversidade, sob os quais as cadeias produtivas de alimentos, de fibras e de energias estão assentadas. Sob este contexto, a agroindústria tem sido apontada como vilã, em função da emissão excessiva dos Gases Efeito Estufa (GEE) e da destruição da biodiversidade. Surgem pressões sobre os modelos de produção e de consumo para que sejam mais sustentáveis, que promovam mecanismos de sequestro de carbono, bem como criações de efetivas políticas de proteção da biodiversidade. Sob esta perspectiva, a proposição científica da bioeconomia torna-se emergente, pois tem como princípio a substituição de energias fósseis pelas energias das biomassas renováveis. Neste contexto, anuncia-se a questão central deste estudo: Qual é o papel conferido à biodiversidade dentro das abordagens da bioeconomia? Assim, o objetivo geral deste estudo é analisar, na literatura, o papel conferido à biodiversidade dentro das abordagens da bioeconomia. Trata-se de uma revisão sistemática integrativa, uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem multidisciplinar. Utilizou-se do software Iramuteq, para o tratamento dos dados varridos, na base de dados do Scopus (2010 e 2020). Verificou-se uma baixa frequência do termo biodiversidade nas publicações que discutem a bioeconomia. Dos resultados levantados, foram apontadas as relações entre a biodiversidade, a bioeconomia com a emergente vertente da bioeconomia sustentável, com vistas aos mecanismos de sequestro de carbono, como instrumento de mitigação das emergências climáticas.