“…Segundo Hall (2001), se mal planejadas, atividades turísticas podem gerar danos a ambientes naturais. Os dados levantados por Sá (2016) indicam que na área do SEI há distintas atividades, associadas principalmente ao turismo, que podem causar danos aos organismos marinhos, como, por exemplo, o trânsito de embarcações, que ameaça, entre outros animais, tartarugas marinhas e cetáceos que utilizam o Canal como área de passagem; fundeio em áreas indevidas (Milazzo et al, 2004); pisoteio e contato com animais marinhos, que prejudica organismos como corais, invertebrados e algas (Roman et al, 2007;Worachananant et al, 2008;Di Franco et al, 2009;Giglio et al, 2016); coleta de espéci-mes, que pode causar desequilíbrio das populações das espécies coletadas além de menores taxas de crescimento e de sucesso reprodutivo (Davenport & Davenport, 2006;Lucas & Smith, 2016); alimentação de animais, que pode causar dependência dessa alimentação suplementar, desenvolvimento de comportamento agressivo, competitividade entre espécies e habituação à presença humana (Milazzo et al, 2006;Milazzo, 2011;Dubois & Fraser, 2013); pesca amadora e por meio de redes, podendo causar captura incidental (Peckham et al, 2007;Wallace et al, 2013); pesca predatória, com a utilização de arpão, entre outros.…”