“…Patrice Maniglier (2013), em um contexto mais abrangente, afirma, contudo, que o problema é delicado e exige uma espécie de "comparatismo superior em filosofia", posto que o desejo de filosofia supõe, em alguma medida, abdicar da percepção de que esse desejo se configura apenas na "passagem para o limite do ideal racional", quer dizer, que a filosofia consistiria tão somente "em fornecer uma justificativa válida a tudo o que é, para não deixar nada sem razão" (Maniglier, 2013, p. 229). Uma das tarefas da atividade filosófica seria compreender como os próprios equívocos presentes no campo permitem que se construa algo como uma "lógica da multiplicidade".…”