As diretrizes ambientais brasileiras, que partiram da inclusão do tema meio ambiente pela primeira vez em uma Carta Magna do Brasil em 1988, foram materializadas na Lei 12.651/ 2012, conhecida como Novo Código Florestal Brasileiro. Nela, instituiu-se, por exemplo, os limites de proteção de rios, lagos, nascentes, chapadas e morros, tendo consigo a função principal de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade do país. Em resumo, a pesquisa objetivou identificar as Áreas de Preservação Permanentes (APP’s) na região que é conhecida como contato em Glint da Ibiapaba (termo defendido por alguns autores em complementação da nomenclatura de Cuesta), com perímetro de estudo em enclave pertencente a jurisdição do município de Tianguá. Posteriormente, com a identificação e espacialização, realizou-se um diagnóstico socioambiental das APP’s, utilizando a metodologia da Análise Ambiental Integrada (AAI). Ademais, a partir de uma identificação dos geossistemas e das condicionantes ambientais (geologia, geomorfologia, hipsometria, pedologia e fitoecologia), realizou-se uma correlação com o uso e a ocupação do local. Por fim, é exposto proposituras de prioridades na gestão ambiental da área com a criação de um geoparque municipal e um ordenamento normativo da gestão territorial por parte do poder público local, com hermenêutica jurídica específica das peculiaridades do local debatido, com indicações técnicas para conseguir equilibrar a preservação ambiental com demandas da sociedade civil, como o acesso ao lazer por meio do ecoturismo, geração de renda e desenvolvimento cultural da região.