Este estudo tem como objetivo analisar as concepções de estudantes de medicina sobre sua formação universitária. Para tanto, optou-se por um estudo descritivo, do tipo transversal, com abordagem qualitativa, realizado com estudantes que frequentavam o último semestre do 3° ano do curso de graduação em medicina, de uma escola pública do interior do estado de São Paulo. Para tanto, 10 estudantes foram selecionados aleatoriamente para responderem a um instrumento de complemento de frases, e três deles para participar de uma entrevista semiestruturada. Os sujeitos apontaram diversos aspectos responsáveis por promover transformações em si mesmos durante a vivência universitária. Em suas falas tais aspectos transcendem a questão unicamente técnica, envolvendo também aspectos afetivos e cognitivos que os possibilitaram se apropriar da condição humana e desenvolver o autoconhecimento. Relataram, ainda, que com a metodologia do curso tiveram que aprender a trabalhar em grupo e a exercer a cooperação. Por outro lado, os sujeitos também destacaram as dificuldades nos anos iniciais do curso, além da necessidade que sentem de serem avaliados com maior frequência e objetividade ao longo do curso.