O modelo de ideal dominante no ocidente, que privilegia o rápido consumo e a busca constante da eficiência, parece entrar em colapso. Os produtos parecem não trazer mais conforto e a aceleração observada no trabalho transfere-se para a vida cotidiana. O movimento Slow se contrapõe a este modelo, defendendo que nem sempre o mais rápido pode ser considerado o melhor e que o consumo pelo consumo não tem sentido. Este artigo apresenta uma proposta de abordagem Slow para a percepção de necessidades de usuários e definição de características de produtos e serviços a partir da consideração de seis princípios do Slow Design: revelar, expandir, refletir, empenhar, participar e evoluir. É realizada revisão de literatura sobre o tema e apresentado um exemplo de aplicação dos princípios do Slow Design a um produto de consumo, um forno elétrico.