A meditação foi inserida no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), como um recurso terapêutico. Considerando tratar-se de uma prática corporal mais introspectiva, com potencial reflexivo, de envolvimento de si mesmo, este estudo tem como objetivo analisar as potências e os limites da meditação, como ferramenta lúdica, à promoção da saúde em uma unidade básica de saúde do município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Trata-se de uma pesquisa de campo, com corte transversal, do tipo descritivo, com abordagem qualitativa dos dados, tendo como participantes a responsável pelo grupo de meditação de uma unidade básica de saúde, na cidade de Florianópolis (SC), e três integrantes desse grupo. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados roteiros de entrevistas, matriz de observação sistemática e diário de campo. Para análise dos dados foram utilizados elementos da técnica de análise de conteúdo. Verificou-se que a meditação pode permitir a expressão de subjetividade e de autonomia, podendo favorecer a aproximação entre profissionais de saúde e a comunidade, bem como entre os próprios participantes. Além disso, a meditação pode proporcionar a experimentação de um momento de introspecção e autocuidado. Por outro lado, também pode dificultar o sentimento de pertença, observando-se os entraves para as relações conforme as características pessoais e profissionais dos envolvidos. Tais características visualizadas retratam a meditação como uma possível ferramenta lúdica na promoção de saúde, com potências notórias, mas, igualmente, com limites, que precisam ser reconhecidos a fim de serem trabalhados em direção à sua minimização.