Introdução: O envelhecimento é um fenômeno natural no decorrer da vida e se altera de acordo com cada sujeito. Além das questões naturais do envelhecimento também deve-se considerar os fatores externos que influenciam na saúde da população, revelando-se os Determinantes Sociais de Saúde. Os idosos foram a primeira população elencada na faixa de risco para a COVID-19, e incentivados a realizar o distanciamento social. Estudos sobre as repercussões da pandemia do coronavírus ainda são escassos, pois trata-se de um fenômeno recente. Objetivo: Buscou-se verificar a percepção da saúde psíquica e ocupacional, através da autopercepção de idosos residentes do Município de Agudo, no Rio Grande do Sul, Brasil, baseando-se nos Determinantes Sociais de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e analítico com abordagem quantitativa e amostragem por conveniência. Resultados: Participaram do estudo 40 idosos, que revelaram a grande prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, relacionadas aos determinantes sociais de saúde intermediários. A maioria da população tinha como rotina a participação de grupos semanais. Esses grupos influenciavam diretamente na sua socialização, contribuindo para a melhora nas condições de saúde e, consequentemente, na qualidade de vida. Conclusão: Verificou-se a constância de respostas referenciando o distanciamento social como um fator que interferiu nas condições psíquicas dos idosos. Observou-se a ocorrência de limitação do processo de participação ocupacional, identificando-se a privação ocupacional no que tange aos desfechos ocupacionais da pesquisa. Apesar de contar com a avaliação subjetiva, observou-se que a maioria da população apresentou índices negativos quanto à autopercepção dos sentimentos despertados após o distanciamento das ocupações significativas.
Palavras-chave: Autopercepção. Envelhecimento. Promoção da Saúde. Grupo de Apoio ao Idoso. COVID-19.
Abstract:
Introduction: Aging is a natural phenomenon that occurs throughout life and changes according to each subject. In addition to the natural issues of aging, external factors that influence the health of the population should also be considered, revealing the Social Determinants of Health. The elderly were the first population listed in the risk range for COVID-19, and were encouraged to practice social distancing. Studies on the repercussions of the coronavirus pandemic are still scarce, as it is a recent phenomenon. Objective: We sought to verify the perception of mental and occupational health, through the self-perception of elderly residents of the Municipallity of Agudo, Rio Grande do Sul, Brazil, and the Social Determinants of Health. Methodology: This is a cross-sectional and analytical study with a quantitative approach and convenience sampling. Results: Forty elderly people participated in the study, which revealed a high prevalence of Non-Communicable Chronic Diseases, related to intermediate social determinants of health. The majority of the population routinely participated in weekly groups, and these directly influenced their socialization, contributing to an improvement in their health conditions and, consequently, their quality of life. Conclusion: It was verified the constancy of answers that referred to social distancing as a factor that interfered in the psychic conditions of the elderly. It was observed that there was a limitation of the process of occupational participation, identifying occupational deprivation with regard to the occupational outcomes of the research. Despite relying on the subjective assessment, it was observed that the majority of the population had negative indices regarding the self-perception of feelings aroused after distancing from significant occupations.
Keywords: Self-perception. Aging. Health promotion. Elderly Support Group. COVID-19.
Resumen:
Introducción: El envejecimiento es un fenómeno natural que ocurre a lo largo de la vida y cambia según cada sujeto. Además de las cuestiones naturales del envejecimiento, también se deben considerar los factores externos que influyen en la salud de la población, revelando los Determinantes Sociales de la Salud. Los ancianos fueron la primera población incluida en el rango de riesgo de COVID-19 y se les alentó a practicar el distanciamiento social. Los estudios sobre las repercusiones de la pandemia del coronavirus son todavía escasos, por tratarse de un fenómeno reciente. Objetivo: Buscamos verificar la percepción de salud mental y ocupacional, a través de la autopercepción de ancianos residentes del Municipio de Agudo, Rio Grande do Sul, Brasil, revelando los Determinantes Sociales de la Salud . Metodología: Se trata de un estudio transversal y analítico con enfoque cuantitativo y muestreo por conveniencia. Resultados: Cuarenta ancianos participaron del estudio, que reveló alta prevalencia de Enfermedades Crónicas No Transmisibles, relacionadas con determinantes sociales intermedios de la salud. La mayoría de la población participaba rutinariamente en grupos semanales, y estos influían directamente en su socialización, contribuyendo a la mejora de sus condiciones de salud y, consecuentemente, de su calidad de vida. Conclusión: Se verificó la constancia de respuestas que se refirieron al distanciamiento social como un factor que interfiere en las condiciones psíquicas de los ancianos. Se observó que hubo una limitación del proceso de participación ocupacional, identificándose privación ocupacional con respecto a los resultados ocupacionales de la investigación. A pesar de basarse en la valoración subjetiva, se observó que la mayoría de la población presentaba índices negativos en cuanto a la autopercepción de los sentimientos suscitados tras el alejamiento de ocupaciones significativas.
Palabras llave: Autopercepción. Envejecimiento. Promoción de la salud. Grupo de Apoyo a la Tercera Edad. COVID-19.