Mercado consumidor de carne suína e derivados em Capanema, Pará

Abstract

RESUMO O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil dos consumidores de suíno em Capanema-PA. Foram aplicados 400 questionários contendo perguntas abertas e fechadas, a fim de obter dados qualitativos e quantitativos. Os resultados foram processados com software Excel for Windows versão 2007. Dentre os entrevistados, 51,75% (207/400) são do sexo feminino e 48,25% (193/400) do sexo masculino. A maioria possui entre 1 a 2 salários mínimos (35,75%), ensino médio completo. 38,5% relataram não consumir carne suína, devido principalmente a não apreciação (44,81%) e medo de adquirir verminose ao consumi-la (22,73%). Verificou-se consumo per capita anual 6,45 kg, onde o método de preparado mais utilizado é o assado na brasa, dando preferência a carne fresca, tendo como local preferido de compra o açougue (55,28%). Os atributos considerados mais importantes em relação ao ponto de venda da carne suína foram a conservação adequada (29,6%) e a higiene das instalações (24,8%). A Costela (42,05%) é o corte favorito. A falta de informações sobre a existência de carne suína com menor teor de gordura, além de aspectos ligados a sanidade, ocasiona diminuição do consumo dessa carne em Capanema-PA.

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“…Os dados divergem dos encontrados por Dantas (2013) na microrregião de Campina Grande, estado da Paraíba, Brasil, onde o corte preferido da população local é a bisteca. Já os consumidores de Capanema, no estado do Pará, preferem a costela, como descrevem Albuquerque et al (2020). Outros cortes mencionados no questionário foram: pé, orelha e rabo (5,7%), vísceras (fígado) (1,2%), não consomem (13,7%) e não possuem preferência (7,8%).…”

“…Com isso, o estudo demonstrou que cerca de 71% consomem linguiça calabresa, 64, 2% bacon, 52,1% linguiça, 54,2% presunto, 22,4% apresuntado, 38,2% salsicha, 28,3% salame, 64,2% toucinho, 40,8% kit Sobre a frequência do consumo desses derivados em Irecê-BA, cerca de 15% relataram que consomem uma vez por semana, 25% mais de uma vez, 12% semanalmente, 10,6% mensalmente, 23,3% raramente, 4,3% todo dia e 8,9% dizem não consumir derivados. Essa taxa de consumo diário e semanal é corroborada com Albuquerque et al (2020) onde relataram que a praticidade e higiene dos produtos contribuem para os consumidores optarem mais por derivados industrializados, havendo assim maior diversificação e praticidade em seu preparo.…”

“…Embora a carne suína seja considerada de sabor extremamente agradável por boa parte do consumidor brasileiro, um dos motivos para o baixo consumo dessa proteína animal deve-se à crença ainda arraigada da população de que ela seja fonte de contaminação humana, sobretudo, por Taenia solium, outras verminoses e riscos variados à saúde devido ao alto nível de colesterol e gordura (Albuquerque et al, 2020;Pessoa et al, 2019;Santos et al, 2019;Vargas et al, 2018).…”

“…A predileção pelo tipo de corte suíno diverge de acordo com o estado e região pesquisados. Em pesquisa realizada no município de Capanema -Pará, Albuquerque et al (2020) encontraram índice de 42,05% de preferência pela costela, valor relativamente próximo ao encontrado por Pessoa et al (2019) em estudo realizado na cidade de Olho D'água -Paraíba. Santos et al (2019)…”

Caracterização do perfil dos discentes dos cursos de Medicina Veterinária e Agronomia em relação ao consumo da carne suína e mitos relacionados

“…Apesar da indústria de carne suína ter se tornado bastante competitiva e com grande relevância na economia de vários países, no Brasil o seu consumo ainda é significativamente inferior ao da carne de frango e bovina (ALBUQUERQUE et al, 2020;ABPA, 2023). Em 2022, o consumo médio mundial de carne suína foi equivalente a mais de 110 milhões de toneladas, enquanto, o consumo médio no Brasil correspondeu a 3 milhões de toneladas (USDA, 2023).…”