RESUMO| Introdução: Náusea e êmese constituem importantes reações adversas da quimioterapia antineoplásica. O tratamento antiemético adequado e o acompanhamento individualizado são fundamentais para o sucesso do tratamento. Objetivo: Avaliar o tratamento antiemético de pacientes em uso de quimioterápicos com alto potencial emetogênico assistidos pelo Sistema Único de Saúde no município de Vitória da Conquista/BA. Métodos: Estudo de caráter prospectivo com coleta de dados de prontuário e aplicação de questionário semiestruturado adaptado do Multinational Association of Supportive Care in Cancer em indivíduos maiores de 18 anos em uso de quimioterápicos de alto potencial emetogênico e em realização de terapia antiemética. Resultados: No grupo estudado, 57%(33) dos pacientes apresentaram náuseas, sendo (13) 39,6% de forma aguda; e, (15) 46,5%, náusea crônica. A êmese acometeu 34,4% (20) dos pacientes, sendo 20,7% de forma aguda; e, 24,1%, crônica. O protocolo antiemético utilizado em 81% dos pacientes foi ondansetrona 8 mg e dexametasona 10 mg. Segundo diretrizes internacionais, o protocolo antiemético poderia ser melhor otimizado. Conclusão: A terapia antiemética aplicada não foi eficaz no manejo de reações adversas a quimioterapia antineoplásica no grupo estudado. A subutilização dos antieméticos pode ter contribuído para a falta de controle efetivo das náuseas e vômitos. Este trabalho alerta para a necessidade de maior atenção no tratamento das reações adversas da quimioterapia, especialmente das náuseas e êmese. A diminuição desses eventos contribui para melhora da qualidade de vida dos pacientes e também para a menor permanência hospitalar.