Métodos não farmacológicos utilizados para o alívio da dor durante o parto: Uma revisão integrativa

Abstract

O parto sempre representou uma experiência muito importante para as mulheres. Porém, ele traz consigo o mito de ser doloroso. O que acarretou a utilização do parto cesáreo tornar-se mais frequente, no intuito da parturiente não vivenciar a dor do parto normal. A humanização do parto está associada à utilização dos métodos não farmacológicos, e, sendo assim, a enfermagem têm papel fundamental na promoção do parto humanizado. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os métodos não farmacológicos utilizados para alívio da dor no parto e promover recomendações para os profissionais e parturientes, com base em evidências científicas, utilizando como critérios de inclusão e exclusão a estratégia PICO. O estudo mostra que a dor no trabalho de parto não se restringe apenas com o processo fisiológico, ela também está relacionada ao medo, à tensão, à fadiga, ao frio, à fome, à solidão, dentre outros fatores, e que a utilização dos métodos não farmacológicos surtiu efeitos positivos na assistência do parto humanizado, pois estes são mais seguros, menos invasivos e proporcionaram alívio da dor. É preciso que haja atualização nos conhecimentos dos profissionais, promovendo mudanças para que o parto seja o mais natural possível.

Assistência à mulher no parto normal hospitalar na perspectiva da enfermagem: uma revisão integrativa

“…A dor no trabalho de parto e parto é interligado com fatores neurofisiológicos, obstétricos, psicológicos e sociais, os quais podem interferir no limiar da sua tolerância de cada pessoa. Este acontecimento é permeado de influências hormonais que liberam ocitocina, responsável pela contração uterina que gera a dor e, ao mesmo tempo, o organismo sabiamente libera endorfinas que são analgésicos naturais, promovendo sensação de bem-estar (Maia et al, 2019;Resende et al, 2021).…”

“…O corpo da mulher neste período fica exposto à ansiedade e medo, reações estas instintivas e já esperadas em momento desconhecido. Estas reações podem ser minimizadas com apoio continuo de familiares aos quais a mulher tem vínculo prévio de vida e profissionais que atendem a mulher, assim, a mulher/acompanhante se sentirão acolhidos e confiantes no processo fisiológico (Hodnett et al, 2014;Bohren et al, 2017;Resende et al, 2021;Nascimento et al, 2022).…”

“…A comunicação e a interação entre o profissional e os sujeitos, incentivam práticas saudáveis, desestimulando práticas cuidado e da assistência qualificada (Barbosa et al, 2016;Mouta & Progiant, 2017;Resende et al, 2021). Em consequência a este atendimento qualificado, vem a satisfação e qualidade na atenção para mulheres e famílias, sendo um cuidado voltado ao fisiológico, levando em considerações o corpo da mulher não como sujeito, mas como parte ativa do processo de parir.…”

“…O cuidado deve estar pautado na qualidade da assistência, levando em consideração assistência de qualidade com respaldo em evidências cientificas, recursos humanos competentes e atualizados, apoio emocional e comunicação efetiva, proporcionando o cuidado centrado na mulher e família. Estes fatores levam a experiência positivas para mulheres no processo de parto e nascimento, considerando não somente cuidado físico, mas também emocional (OMS, 2017;Silva et al, 2017;Resende et al, 2021;Nascimento et al, 2022).…”