Microhabitat selection and daily movements of two rodents (Necromys lasiurus and Oryzomys scotti) in Brazilian Cerrado, as revealed by a spool-and-line device

Abstract

Studies on patterns of habitat use by mammals are necessary for understanding the mechanisms involved in their distribution and abundance. In this study, we used the spool-and-line method to investigate habitat utilization by two sigmodontine rodents from Brazilian Cerrado, Necromys lasiurus and Oryzomys scotti. We conducted the study in a Cerrado area in central Brazil (15156 0 S and e 47156 0 W) where the animals were caught in an area of 7.68 ha of Cerrado sensu stricto. Captured individuals were marked, equipped with a spool-and-line device, and released at the same capture point. The next day we followed the thread to record their daily movements and find their nests. To investigate microhabitat selection we compared habitat characteristics along trails of each studied species with general habitat characteristics of the study area. Although the mean 24-h distance was greater for N. lasiurus (mean 7 SE: 41.9 7 42.2 m, N=3) than for O. scotti (28.7 7 14.2 m, N=6) this difference was not significant (Mann-Whitney test, U=26, P40.6). We detected significant differences among observed microhabitats variables of both species and available microhabitat characteristics as determined by discriminant analysis (Wilks 0 s lambda F=3.001; df=14, 116; Po0.001). Both species were associated to microhabitat characteristics whose values differed markedly from the overall available habitat. Along the first canonical discriminant function of the DFA both them were associated with greater grass height than the mean height available and along the second axis N. lasiurus selected areas with higher fruit availability and more shelters than those selected by O. scotti. For stronger inferences regarding differential patterns of habitat utilization by Cerrado rodents we suggest the simultaneous use of both spool-and-line and standard trapping methods.

Abundância de roedores reservatórios de hantavírus no bioma da Mata Atlântica: efeitos da estrutura da paisagem e da escala de análise

“…Umetsu (2010) A outra variável presente em dois modelos selecionados para explicar a abundância de N. lasiurus foi o tipo de cultura agrícola, sendo que a cultura do tipo milho tendeu a influenciar positivamente a abundância da espécie. N. lasiurus é uma espécie terrestre ) e onívora, que se alimenta principalmente de sementes e insetos (Francisco et al 1995;Vieira 2003;Layme et al 2004) e cuja abundância pode ser fortemente relacionada com a disponibilidade de alimento (Francisco et al 1995;Layme et al 2004;Ghizoni et al 2005;Vieira et al 2005). Os outros tipos de culturas agrícolas em que a coleta foi feita correspondiam a frutos (banana, pimentão, tomate, vagem, abobrinha, caqui e pimenta), tubérculos (inhame e batata), raízes tuberosas (mandioca e beterraba) e hortaliças (couve), os quais podem não servir como itens alimentares predominantes na dieta da espécie, mas que podem abrigar outros itens alimentares da dieta da espécie, como insetos.…”

“…Ambas as espécies analisadas nesse estudo foram influenciadas pela paisagem, (Pires et al 2002;Vieira et al 2005;Puttker et al 2006), elas são influenciadas pela estrutura do habitat no seu entorno próximo, justificando que escalas menores sejam as que mais influenciam a abundância das duas espécies. Entretanto, outros traços biológicos das espécies, por exemplo, a área de vida (Bowman et al, 2002), podem fazer com que a escala em que a estrutura da paisagem mais influencia cada espécie seja ligeiramente diferente (Jackson e Fahrig 2015 A utilização de mapeamentos com resoluções inadequadas pode fazer com que as escalas apropriadas das respostas das espécies em relação ao ambiente sejam identificadas erroneamente (Lechner et al 2012), influenciar a força da relação entre a resposta ecológica da espécie e a variável preditora (Turner et al 2001;Lechner et al 2012), além de poder causar uma mudança na direção das relações (Turner et al 2001).…”

“…É conhecido que a abundância de O. nigripes e N. lasiurus é influenciada por fatores tanto na escala de microhabitat (Henriques & Alho 1991;Vieira et al 2005;Puttker et al 2008), como na escala da paisagem (Umetsu & Pardini 2007;Umetsu et al 2008). Entretanto, apesar de estudos mostrarem que ambas as espécies possuem padrão de movimento que não ultrapassa 100 m (Pires et al 2002;Vieira et al 2005;Puttker et al 2006), não é conhecida a extensão espacial intrínseca em que a estrutura da paisagem possui maior influência sobre a abundância dessas duas espécies.…”

Distribuição e abundância de mamíferos neotropicais não voadores de pequeno porte em paisagem silvicultural da bacia do Alto Paranapanema, São Paulo, Brasil

“…Os mamíferos não voadores de pequeno porte (roedores e marsupiais com massa inferior a 1,5 kg) possuem um vasto leque de estratégias locomotoras e de forrageamento, pequena área de vida e especificidade do uso de micro habitats, aliado à sensibilidade às modificações no ambiente. Isto faz deles um excelente objeto de estudo sobre os impactos de ações antrópicas associadas à mudança do uso da terra (BELLOWS et al, 2001;MALCOLM, 1995;PARDINI et al, 2005, PARDINI;PIRES et al, 2002;VIEIRA et al, 2005). CÁCERES et al, 2002; CARVALHO et al, 2005; CASTELLARINI et al, 2003; MACEDO et al, 2010;BONATO, 2004;MARTINS et al, 2006; LEINER; SILVA, 2007;LESSA; COSTA, 2010;TALAMONI et al, 2008 Mendoza, v.13, n.1, p. 11-19, 2006.…”

“…August (1983) Os mamíferos não voadores de pequeno porte (roedores e marsupiais com massa inferior a 1,5 kg) possuem um vasto leque de estratégias locomotoras e de forrageamento, pequena área de vida e especificidade do uso de micro habitats, aliado à sensibilidade às modificações no ambiente. Isto faz deles um excelente objeto de estudo sobre os impactos de ações antrópicas associadas à mudança do uso da terra (BELLOWS et al, 2001;MALCOLM, 1995;PARDINI et al, 2005, PARDINI;PIRES et al, 2002;VIEIRA et al, 2005). Os roedores e marsupiais são considerados peças chaves na manutenção dos processos ecológicos em ambientes naturais por constituírem a base alimentar de muitos predadores carnívoros (BUENO; MOTTA-JUNIOR, 2006;GRANZINOLLI;MOTTA-JUNIOR, 2006;MAGRINI;FACURE, 2008;ALHO, 2000;RODA, 2006, SOUZA et al, 2010, por atuarem como dispersores de sementes de muitas espécies vegetais (CÁCERES, 2004;GALETTI;PIZO;MORELLATO, 2003;HORN;KINDEL;HARTZ., 2008;LESSA;COSTA, 2010;SANAIOTTI, 1987;RAÍCES e BERGALLO, 2008;WILLIAMS et al, 2000) e por se alimentarem de muitos grupos de invertebrados e plantas (CÁCERES et al, 2002;CARVALHO et al, 2005;CASTELLARINI et al, 2003;MACEDO et al, 2010;BONATO, 2004;MARTINS et al, 2006;LEINER;SILVA, 2007;LESSA;COSTA, 2010;TALAMONI et al, 2008 …”