O vírus respiratório sincicial humano (HRSV) é principal agente causador de infecções do trato respiratório i nferior em crianças e lactentes. Um diagnóstico rápido e preciso evitaria o uso desnecessário de antibióticos, nos casos em que a infecção é viral. A reação em cadeia da polimerase após transcrição reversa (RT-PCR) e o ensaio de imunofluorescência indireta (IFI) são considerados ferramentas importantes na detecção do HRSV, pela alta sensibilidade e especificidade. Visando simplificar e minimizar os riscos de contaminação freqüentes, em duas etapas, foi padronizada uma reação em tubo único para detecção do HRSV em amostras clínicas. Aspirados de nasofaringe de 226 crianças de 0-5 anos de idade, com doença respiratória, atendidas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), foram testados por imunofluorescência indireta, RT semi Nested PCR e RT-PCR em tubo único. Cento e duas amostras (45,1%) foram positivas em pelo menos uma das técnicas e 75 (33,2%) em todas. Três (1,3%) amostras foram positivas por IFI e RT semi Nested PCR, 1 (0,4%) foi positiva por IFI e RT-PCR em tubo único, 5 (2,2%) amostras foram positivas somente por IFI, 2 (0,9%) somente por RT semi Nested PCR e 16 (7,1%) amostras foram positivas pela RT semi Nested PCR e RT-PCR em tubo único. A RT-PCR em tubo único mostrou ser uma técnica rápida, sensível e específica, e o uso combinado de dois métodos aumenta a detecção do HRSV. Palavras-chave: Vírus respiratório sincicial humano; Reação em cadeia p ela polimerase; Diagnóstico rápido; Virologia Molecular; Paramyxoviridae.