O principal propósito desta pesquisa é apresentar o processo de formação dos alunos na rotina diária, as suas dificuldades para encaixar na cultura local e estudar como esses elementos interferem a construção de sua identidade social e individual. O cenário foi a Escola Naval, uma instituição de treinamento para oficiais da Marinha do Brasil. A pesquisa foi qualitativa, documental e bibliográfica, utilizando um questionário para gerentes responsáveis e outro para estudantes estrangeiros. Foram examinados os seguintes conceitos: migração, migrante, diáspora, mobilidade humana, internacionalização, estudante internacional, migração temporária e especial, identidade individual e social. Um jovem e migrante, na procura de uma melhor qualidade de vida no ensino superior, impulsado por um projeto de vida individual, familiar e político, tem a possibilidade futura de retornar e apoiar o desenvolvimento da sua nação natal. Como resultado, observou-se que tais migrantes, ao final do ensino superior militar no Brasil, podem ser pessoas diferentes, pois a experiência de migração e estudo em outro país é de importância transcendental na constituição dessa identidade na formação dos sujeitos de pesquisa. Apesar da conservação de elementos originários, seus caminhos de formação como cidadãos já mudaram se fossem comparados com aqueles que continuaram nos seus países de nascimento. Novos relacionamentos sociais, conhecimentos e aspectos de cultura foram inseridos nas suas identidades.