A oferta de alimentos hipoalergênicos e nutritivos é importante para o bem-estar físico e psicológico de consumidores alérgicos ao leite. Cerca de 8% a 20% de lactentes e adultos apresentam algum quadro em decorrência do consumo de leite, como intolerância à lactose ou alergias. A presença de proteínas no leite com potencial alergênico pode causar desde problemas digestivos a erupções cutâneas. Os alérgicos à proteína do leite expressam diversas reações quando expostos a este alimento. Essas manifestações dependem do grau de alergia e do tipo de proteína envolvida, e são caracterizadas por respiratórios à gastrointestinais. Comumente o desenvolvimento desta alergia em crianças ocorre em até um ano de idade, ou até os cinco anos de idade nos demais casos. Diante dessas informações, houve o desenvolvimento do leite A2, também denominado de A2A2, que é proveniente de vacas com o genótipo que favorecem a síntese de beta-caseína A2 no leite. Esse leite selecionado reduz o desenvolvimento de desconfortos no organismo de indivíduos sensíveis a beta-caseína Al. Diante deste contexto, o leite contendo somente beta-caseína A2 passa a ser uma alternativa de melhor digestão e qualidade no consumo de lácteos para aquelas pessoas que não são alérgicas e que sentem algum desconforto ao ingerir leite. Diante disso, a revisão de literatura se propõe a abordar o consumo do leite A2A2, dando ênfase na diferença entre as beta-caseínas Al e A2, além de descreve as características do quadro alergênico provocado por elas e diferenciar de outros quadros decorrentes do consumo de lácteos, como a intolerância à lactose.