RESUMOO texto trata da relação entre as comunidades locais na Amazônia e o patrimônio arqueológico, considerando a percepção tátil como elemento importante no reconhecimento e na apropriação das coisas do passado. Com base no mapeamento desses casos em distintas localidades, proponho a reflexão sobre a potencialidade das pesquisas acerca dos sentidos que permeiam tais relações e a sua contribuição para a legitimação dos discursos nativos sobre o passado e para a gestão dos bens arqueológicos. O artigo apresenta as primeiras considerações de um estudo recém-iniciado e voltado para o entendimento dos usos contemporâneos das coisas do passado.
Palavras-chave: arqueologia pública, sentidos, Amazônia
ABSTRACTThe paper considers the relationships between the local communities and the archaeological heritage, in Amazon, regarding the haptic perception as an important element to the recognition and appropriation of things of the past. Based on the survey of these cases in different places, I propose a reflection on the promising researches concerning the senses that pervade these relationships and their contribution to legitimate native discourses about the past and to enhance archaeological resource management. The paper presents the first thoughts of a recently initiated study towards the understanding of contemporary uses of things of the past.
Keywords: public archaeology, senses, Amazon
RESUMENEl texto trata de la relación entre las comunidades locales en la Amazonia y el patrimonio arqueológico, teniendo en cuenta la percepción táctil como un elemento importante en el reconocimiento y la apropiación de las cosas pasadas. En base a la cartografía de estos casos en diferentes lugares, propongo una reflexión sobre el potencial de las investigaciones sobre los sentimientos que subyacen en este tipo de relaciones y su contribución a la legitimación de los discursos indígenas sobre el pasado y para el tratamiento de los restos arqueológicos. El 1 Uma versão desse texto foi apresentada no 7th World Archaeological Congress, na Jordânia, em Janeiro de 2013. A pesquisa é resultante de projetos de Arqueologia Pública, na Ilha do Marajó, e de Educação Patrimonial, em várias localidades na Amazônia.