As Unidades de Conservação (UCs) estaduais do Espírito Santo desempenham um papel fundamental na proteção do ecossistema e biodiversidade da região, oferecendo refúgio para a fauna e flora nativas. Além de proteger espécies ameaçadas e manter processos ecológicos essenciais, essas UCs contribuem para a regulação do clima e promovem a conscientização ambiental. No entanto, os incêndios florestais representam uma ameaça séria para essas áreas, causando danos à vegetação, fauna, solo e qualidade do ar. Suas origens variam de ações humanas imprudentes, como queimadas descontroladas e descarte de cigarros, a fatores naturais. Para as equipes de gestão das UCs, esses incêndios geram impactos severos, devido à velocidade de propagação e capacidade de afetar grandes áreas, tanto dentro das UCs quanto em suas áreas limítrofes. A documentação por meio de Relatórios de Ocorrência de Incêndios Florestais (ROIFs) é fundamental para a compreensão e combate eficaz a esses eventos. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) administra 17 UCs no estado, incluindo 9 de Proteção Integral e 8 de Uso Sustentável. A análise de dados de incêndios entre 2014 a 2017 mostrou que a maioria ocorreu em UCs costeiras com vegetação de restinga. As principais causas incluem limpeza de áreas, vandalismo e queima de lixo, frequentemente associadas às atividades humanas, como agricultura e expansão urbana. Com base nessas informações, estão sendo propostas ações para reduzir incêndios, minimizando conflitos entre os objetivos de conservação e necessidades locais. Essas ações visam informar sobre as causas dos incêndios e promover soluções eficazes. A análise detalhada dos incêndios e suas causas são fundamentais para a gestão e conservação das UCs.