Modelo de cuidado a gestantes e puérperas: perspectiva de profissionais da saúde da família

Abstract

Objetivo: compreender o modelo que orienta o cuidado à gestante e à puérpera na Estratégia Saúde da Família. Método: estudo qualitativo. Participaram das entrevistas semiestruturadas oito profissionais da saúde de uma equipe de uma Estratégia Saúde da Família, entre março e abril de 2019, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram analisados conforme análise de conteúdo temática. Resultados: o modelo de cuidado à gestante e à puérpera na Atenção Primária à Saúde desenvolvido pelos profissionais da saúde mostra-se incipiente e com predomínio no modelo biomédico, pois não considera a integralidade, a coordenação e a longitudinalidade do cuidado. Conclusão: é necessário investimento em educação permanente e continuada dos profissionais da saúde para que atuem em prol do modelo proposto pela Atenção Primária, pautado na humanização e em relações de vínculo e que garantam uma assistência integral às gestantes e às puérperas.

Comunicação Na Rede De Atenção À Saúde De Gestantes/Puérperas Na Perspectiva De Trabalhadores Da Saúde

“…Por vezes, essas recebem visitas domiciliárias dos ACS. Desse modo, o processo de trabalho na ESF não corresponde com a divisão de responsabilidades dos trabalhadores da saúde com as gestantes e as puérperas adscritas no território 22 . Essa situação também se agrava devido à falta de comunicação e de sistemas de informações que integrem esses serviços.…”

“…O modo como o cuidado às puérperas vem sendo desenvolvido pelos trabalhadores da saúde não contribui para a redução da mortalidade materna, já que não se consegue garantir a longitudinalidade e a coordenação do cuidado a essas mulheres. Assim, a atuação dos trabalhadores vai de encontro ao preconizado pelas políticas públicas de saúde 22 . Nesse sentido, reforça-se a necessidade de mais investimentos pelos gestores no que tange à implementação de tecnologias de informação a fim de que essas facilitem o processo de trabalho das equipes de saúde e reduzam os riscos de iatrogenias.…”