Modelo de norma de reação para avaliação da interação genótipo x ambiente para idade ao primeiro parto em bovinos da raça Guzerá

Abstract

Avaliou-se no presente estudo a ocorrência de interação genótipo x ambiente (IGA) na idade ao primeiro parto (IPP) em bovinos da raça Guzerá. Para tanto, foram utilizadas informações de IPP de 6781 animais fornecidos pelo Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGuL), coordenado pela Embrapa Gado de Leite e pelo Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG 2 ). A estação de nascimento foi dividida em seca (abril a setembro) e chuvosa (outubro a março). Foram formados grupos de contemporâneos (GC) considerando rebanho e ano e definidos como gradiente ambiental. Apenas os GC com no mínimo três registros de filhas de dois reprodutores diferentes foram considerados neste estudo. Foi utilizada a metodologia de normas de reação em dois passos, via inferência Bayesiana para investigar a ocorrência de IGA na idade ao primeiro parto. O primeiro passo foi conduzido utilizando um modelo unicaracterístico a fim de obter as soluções dos GC. O segundo passo consistiu na avaliação da IGA por meio dos modelos de normas de reação via polinômios de Legendre, utilizando as soluções dos GC como sendo o gradiente ambiental. Os reprodutores foram classificados quanto à plasticidade e foram plotadas as normas de reação dos valores genéticos em função dos gradientes ambientais. Observou-se maiores estimativas de variâncias genética e residual nos ambientes de baixo desempenho. O mesmo ocorreu com as estimativas de herdabilidade, tendo sido 0,34 o valor médio encontrado. A correlação entre o intercepto e a inclinação da norma de reação foi de alta magnitude (0,86), caracterizando interação genótipo ambiente do tipo escala. A correlações genéticas entre os ambientes de média e baixa produtividade foram de alta magnitude (0,97). O ambiente de alta produtividade apresentou baixa correlação com os demais ambientes, sugerindo que os animais selecionados no ambiente de alta produtividade irão apresentar diferenças no seu desempenho para IPP, se submetidos aos demais ambientes. A maior parte dos touros presentes no banco de dados foi considerada como robusto (68,07%), seguida por plásticos (26,41%) e extremamente plásticos (5,42%). Foram calculadas as correlações de Spearman para os valores genéticos preditos nos diferentes ambientes e a porcentagem de animais comuns dentro do intervalo de top 10% animais em cada ambiente. As estimativas obtidas sugerem a ocorrência de reclassificação dos animais entre os diferentes ambientes, indicando a ocorrência da IGA para IPP em bovinos Guzerá. Palavras-chave: Bovino. Grupo de Contemporâneos. Precocidade. Sensibilidade ambiental.

Avaliação Do Ambiente Físico Promovido Pelo Sombreamento Sobre O Processo Termorregulatório Em Novilhas Leiteiras

“…A média obtida (9,85) no teste é considerada alta, quando comparada com os resultados obtidos por Santos et al (2003) que trabalhando com vacas da raça Pardo-Suíça de diferentes graus de sangue: mestiças, 31/32 e PO, registraram ITC médio de 9,73, no Semi-Árido. Inclusive superior ao valor registrado por Souza et al (2007) Embora o ITC, tenha sido utilizado com bastante frequência para a avaliação da tolerância dos ruminantes (SANTOS et al, 2003;TITTO, 2006;SOUZA et al, 2007;, com esta pesquisa fica demonstrado que o uso apenas desse teste, pode ser ineficaz para conclusões consistes, tendo em vista a lacuna deixada pelo mesmo, referente ao nível de estresse sofrido pelo animal. Porque mesmo o animal tendo a capacidade de dissipar o calor adquirido pela radiação direta, quando é reconduzido à sombra não é revelado o grau de estresse sofrido, nem os meios utilizados para retornar a homeostase, principalmente a quantificação da FR, variável de elevada importância na identificação do estresse calórico.…”