Tornar-se “inteligente” é o desejo da maioria das cidades, que aderem as novas tecnologias sem grande preocupação com os efeitos colaterais e com as pessoas. Todavia, nesse caminho, existem os que não dispõem de recursos e de conhecimentos para utilização dos serviços e soluções proporcionados pelas Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC’s. Numa visão crítica das cidades inteligentes, questiona-se, “Curitiba é uma cidade inteligente para quem?” O objetivo é identificar os aspectos que tornam a cidade de Curitiba inteligente, quem está excluído do ambiente digital, e as iniciativas de inclusão. A pesquisa é qualitativa, aplicada e exploratória, e utiliza a técnica de análise de conteúdo e documental. Como resultado têm-se que as cidades focaram mais nas tecnologias que no social; e que os serviços e demais benefícios oferecidos pela prefeitura de Curitiba estão disponíveis para todos, mas aqueles eletrônicos não são acessíveis para cerca de 253.821 pessoas. Conclui-se que as cidades, para ostentarem o título de inteligente, devem reforçar as medidas sociais de inclusão digital, visto que nenhuma cidade será inteligente para as pessoas que estão excluídas.