RESUMOObjetivo: apresentar uma proposta para o controle de e cácia terapêutica em disfagia orofaríngea neurogênica. Métodos: o protocolo foi proposto em concordância com a literatura atual e aplicado em um indivíduo pós-acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico à direita, comprovado por tomogra a computadorizada, com disfagia orofaríngea grave crônica, gênero masculino, 66 anos, apresentando aspiração laringotraqueal e em uso de sonda nasoentérica exclusiva pré-fonoterapia. Para controle da e cácia terapêutica do programa de reabilitação fonoaudiológica foi aplicado, pré e pós-fonoterapia, a classi cação do grau de comprometimento da disfagia orofaríngea, Functional Oral Intake Scale (FOIS), a avaliação video uoroscópica da deglutição com medida do tempo de trânsito faríngeo (TTF) da deglutição por meio de software e da percepção do indivíduo. Resultados: na pré-fonoterapia veri cou-se disfagia orofaríngea grave, FOIS nível 1, presença de aspiração laringotraqueal para mais de uma consistência e tempo de trânsito faríngeo de 13 segundos. Após fonoterapia veri couse disfagia orofaríngea moderada, FOIS nível 5, ausência de aspiração laringotraqueal e TTF de 4 segundos. Conclusão: o protocolo proposto foi capaz de avaliar a e cácia da reabilitação na disfagia orofaríngea neurogênica neste indivíduo pós-acidente vascular encefálico, tanto para mensurar as mudanças ocorridas na siopatologia da deglutição quanto na ingestão oral e na percepção do indivíduo. Outros estudos com populações distintas são necessários, sendo que novas propostas devem ainda re etir a inclusão da condição nutricional e pulmonar do indivíduo no controle de e cácia em disfagia orofaríngea.
DESCRITORES:
INTRODUÇÃOA e cácia da reabilitação fonoaudiológica na disfagia orofaríngea, questionada desde a década de 70, é uma das áreas de investigação cientí ca que têm recebido pouco investimento por parte dos pesquisadores ao longo do desenvolvimento das pesquisas nesta temática.Inicialmente é possível compreender esta questão ao considerar que a pesquisa que envolve a reabilitação possui inúmeras variáveis, tais como o tipo de doença, o topodiagnóstico da lesão, a faixa etária, a escolaridade, a presença de questões cognitivas associadas ou não a prejuízos motores, tempo do ictus, fase de recuperação espontânea e as questões éticas com grupo controle e muitas outras. En m, a pesquisa em reabilitação necessita