IntroduçãoEm problemas de controle adaptativo, o principal objetivo é desenvolver um controlador que possa se adequar às características da planta a ser controlada, com o objetivo de atender certas especificações de projeto pré-definidas [3]. Estes esforços iniciaram-se em 1960 e, em 1980 as pesquisas cresceram de maneira satisfatória em termos de duas grandes direções: controle auto-ajustável e controle baseado no modelo de referência. Este crescimento tem aberto as portas para uma larga faixa de aplicações. Porém, as pesquisas na área de algoritmos complexos de controle adaptativo ainda continuam, onde à utilização de estratégias computacionais voltadas ao comportamento inteligente, são largamente empregadas como ferramentas. Uma grande contribuição tem sido dada à área de controle adaptativo inteligente com abordagens do tipo controle auto-ajustável considerando o impacto de redes neurais, algoritmos genéticos e sistemas nebulosos. A idéia principal deste trabalho partiu de uma necessidade industrial da empresa BASF, que possui um complexo incinerador de efluentes líquidos[4] onde os resíduos são incinerados por oxidação a alta temperatura. Este processo é controlado por um operador de sala de controle via sistema supervisório, onde as etapas de incineração são automáticas, mas o sistema digital de controle distribuído (SDCD) [7] não controla o processo de combustão. Devido a complexidade do sistema multivariável, que apresenta não linearidade em suas variáveis de entrada e saída, existe um operador por turno para executar tal função. Uma solução para este problema seria desenvolver um controlador inteligente para este processo de incineração.Neste trabalho, realizaremos uma identificação do processo de incineração de efluentes da empresa BASF, através de uma rede neuro-nebulosa ANFIS. O algoritmo de agrupamento Gath-Geva modificado é utilizado para determinar os parâmetros nebulosos da rede.A identificação de modelos neuro-nebulosos é uma efetiva ferramenta para a aproximação de sistemas dinâmicos não-lineares baseados em medida de dados [3]. Entre as diferentes técnicas de modelagem, o sistema de inferência neuro-nebuloso adaptativo (ANFIS) [8] tem nos chamado a atenção. Este modelo consiste de regras se-então com antecedentes nebulosos e funções matemáticas na parte do conseqüente onde são representados por uma estrutura de uma rede neural. A construção de um sistema de inferência é usualmente executada em dois passos. No 1° passo, os conjuntos nebulosos (funções de pertinência) das regras dos antecedentes são determinados. Isto pode ser executado manualmente, usando o conhecimento do processo, ou por algumas técnicas, dentro das quais, utilizamos agrupamentos nebulosos. No 2º passo os parâmetros das funções do conseqüente são estimados. Como estas funções tem variáveis livres de ruídos, o método padrão dos