2020
DOI: 10.26512/les.v21i2.35198
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Modos Queer de pesquisar e a questão racial: conjugando epistemologias feministas, interseccionalidade e decolonialidade

Abstract: O objetivo deste ensaio é pensar a produção de conhecimento engajada com princípios de justiça social, ao se ocupar de fenômenos sociais em que a linguagem enquanto sociossemiose tem um papel fundamental. Nesse contexto, procuro refletir sobre o fazer acadêmico queer em um paradigma interseccional e decolonial, necessariamente contra-hegemônico, feminista e antirracista, que centraliza a formulação de entendimentos acerca da relação micro/macro, em processos que fomentem o sentir crítico na pesquisa como locus… Show more

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“…Há uma tendência no campo de se trabalhar com teorias pós/ anti/ de/ descoloniais, queer, feministas, antirracistas, entre outras, visando promover encontros de múltiplas vozes e compreendendo a produção de significados como prática social. Contudo, como disse em outros textos, mesmo as pesquisas queer, ou talvez principalmente elas, por sua vocação subversiva, carecem de um olhar para raça (Borges, 2020), como é o caso do campo da Linguística Aplicada, caso queira se constituir efetivamente crítica (Borges, 2021).…”
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“…Há uma tendência no campo de se trabalhar com teorias pós/ anti/ de/ descoloniais, queer, feministas, antirracistas, entre outras, visando promover encontros de múltiplas vozes e compreendendo a produção de significados como prática social. Contudo, como disse em outros textos, mesmo as pesquisas queer, ou talvez principalmente elas, por sua vocação subversiva, carecem de um olhar para raça (Borges, 2020), como é o caso do campo da Linguística Aplicada, caso queira se constituir efetivamente crítica (Borges, 2021).…”
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“…Por isso, apesar da certeza da indispensabilidade do foco nas mudanças macroestruturais que precisamos efetivar, este trabalho se atém à compreensão de como o racismo é produzido discursivamente por mulheres brancas no nível microssocial, em linguagem, na precipitação de discursos que naturalizam o privilégio branco (Schucman, 2012) e a herança da escravidão (Bento, 2022), enquanto atravessam tempo-espaços hierarquizados racialmente, o que tentam encobrir por meio de subterfúgios diversos ao organizar suas experiências em narrativas, como veremos adiante. Nesse sentido, em que pese a suma importância de ações na esfera macrossocial, com leis e medidas institucionalizadas, defendo a urgência de ação em nível micro para que os efeitos dessa disparidade sejam mitigados performativamente, na altura dos olhos, onde a vida acontece, como disse em outro texto (Borges, 2020).…”
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