“…Para tal, esta tese segue metodologia qualitativa-interpretativa da Análise de Narrativas (Bastos;Biar, 2015) visando observar as performances raciais e afetivas brancas (Ahmed, 2004, Melo, 2019 das participantes, nas pequenas histórias (Georgakopoulou, 2015) compartilhadas por elas em conversas exploratórias (Miller, 2003), nas quais refletimos crítico-afetivamente sobre o que significa ser branca no Brasil e onde mora o privilégio branco em suas trajetórias de vida. Em minha escrita, ventilo questões relativas ao fazer acadêmico no contexto da Linguística Aplicada INdisciplinar (Moita Lopes et al, 2006, 2013 e ao sentir crítico (Borges, 2017a(Borges, , 2017b(Borges, , 2020(Borges, , 2021, conceito que trabalho desde a minha dissertação, que se refere ao devir de sensibilidade que nutre e é nutrido nos processos de letramento crítico, cujo foco é a reflexividade crítico-afetiva (foco no afeto), de forma amalgamada ao pensamento crítico (foco cognitivo) e à ação crítica (foco político). As notas reflexivas desta pesquisa trazem a inexorabilidade do dispositivo de poder da branquitude na atualização do racismo em performances raciais e afetivas de mulheres do grupo racial branco, apontando para seu papel fundamental nesse processo, mesmo no contexto da academia dita crítica.…”