O desenvolvimento territorial tem se apresentado como alternativa à mudança do cenário econômico de diversos municípios localizados fora de grandes circuitos comerciais e que foram desfavorecidos pelos processos competitivos desencadeados na segunda metade do século XX. Dentre as estratégias de desenvolvimento, a valorização da identidade territorial por meio dos sinais distintivos coletivos se apresenta como uma oportunidade para gerar renda e estimular a economia local. Este trabalho tem como intuito apresentar um mapeamento das marcas coletivas existentes em território catarinense e que estejam em operacionalização comercial. Nesta perspectiva, o objetivo geral consiste em apresentar a distribuição espacial das marcas coletivas registradas em Santa Catarina, que estejam em circuitos comerciais, fornecendo um material inicial para futuras pesquisas sobre o tema. A pesquisa foi delineada como estudo exploratório, complementada por pesquisa bibliográfica, com coleta de dados em fontes primária e secundária. Os principais resultados do trabalho apontaram para a existência de 32 marcas coletivas, com efetiva operacionalização, distribuídas de maneira mais evidente nas mesorregiões do Oeste Catarinense (50%) e Norte Catarinense (21,9%). Na mesorregião do Vale do Itajaí encontram-se 12,5% das marcas coletivas estudadas. As mesorregiões Sul Catarinene e Serrana possuem o mesmo quantitativo de marcas coletivas em circuitos comerciais (6,3%). A mesorregião da Grande Florianópolis possui apenas uma marca coletiva (3%). A distribuição espacial mostra a concentração nas áreas mais distante dos grandes centros de comercialização, corroborando com a teoria. Mas ressalta-se que todas as mesorregiões apresentam pelo menos uma marca coletiva, o que indica que o tema tem espaço nas agendas regionais em Santa Catarina. Destaca-se que os municípios de São Miguel do Oeste, Chapecó e Joinville possuem mais de uma marca coletiva em seu território, o que pode gerar novas pesquisas para entender os fatores competivivos e a participação no mercado local. O estudo também demonstrou um grande desafio no que se refere à identificação do tema no território catarinense, o que abre espaço para pesquisas futuras.