2012
DOI: 10.4013/fem.2012.142.01
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Monitoramento, vazamentos e anonimato nas revoluções democráticas das redes sociais da internet

Abstract: A censura na sociedade disciplinar moderna se caracterizava negativamente pela proibição de narrar certos acontecimentos de certos modos e positivamente pela obrigação de narrar certos acontecimentos dentro de uma determinada maneira de interpretar. A figura do policial burocrata, sob a forma do censor, caracteriza esse modo de exercer o comando na esfera do consenso social. O censor inserido entre o meio e seu público tornava-se o editor final das narrativas veiculadas. Na pós-modernidade o monitoramento do q… Show more

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“…No que tange às práticas socioculturais, o Twitter serve para que os/as internautas possam, com a velocidade, a capilaridade e a amplitude da web (Martins, 2014), manter ativistas informados/as, organizar mobilizações, convocar militantes, agregar informações, criar campanhas, gerar solidariedade e disputar poder com os/as outros/as (Shirky, 2008;Recuero, 2009;Martins, 2014;Malini;Antoun, 2013); ou até mesmo buscar informações e defender um sistema ou uma religião (Donath, 1999). Essas práticas são bastante recorrentes -haja vista que "... a atuação social, a mobilização e o engajamento viraram um valor da rede" (Malini;Antoun, 2013, p. 152) -e podem fazer emergir tanto o apelo para a empatia quanto a emergência de lutas discursivas, em que predominam (re)ações que tendem a moldar um cenário de violência linguístico-discursiva. Tal cenário pode ser construído pela propagação de fake news, que, não raramente disfarçadas de mal-entendido, alimentam nas redes sociais discursos intolerantes, falaciosos e anticientíficos.…”
Section: Disputas Interacionais No Twitter: Metapragmáticas De Violên...unclassified
“…No que tange às práticas socioculturais, o Twitter serve para que os/as internautas possam, com a velocidade, a capilaridade e a amplitude da web (Martins, 2014), manter ativistas informados/as, organizar mobilizações, convocar militantes, agregar informações, criar campanhas, gerar solidariedade e disputar poder com os/as outros/as (Shirky, 2008;Recuero, 2009;Martins, 2014;Malini;Antoun, 2013); ou até mesmo buscar informações e defender um sistema ou uma religião (Donath, 1999). Essas práticas são bastante recorrentes -haja vista que "... a atuação social, a mobilização e o engajamento viraram um valor da rede" (Malini;Antoun, 2013, p. 152) -e podem fazer emergir tanto o apelo para a empatia quanto a emergência de lutas discursivas, em que predominam (re)ações que tendem a moldar um cenário de violência linguístico-discursiva. Tal cenário pode ser construído pela propagação de fake news, que, não raramente disfarçadas de mal-entendido, alimentam nas redes sociais discursos intolerantes, falaciosos e anticientíficos.…”
Section: Disputas Interacionais No Twitter: Metapragmáticas De Violên...unclassified
“…Passada a euforia com os potenciais emancipatórios das mídias digitais adotadas no ciclo de protestos globais entre 2010 e 2013 (Castells, 2013b;Di Felice, 2013;Malini;Antoun, 2013), um olhar mais crítico em relação a essas tecnologias (e seus algoritmos) começou a se desenhar a partir da interpretação de eventos políticos, como a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e o surpreendente resultado do Brexit, ambos em 2016 (Bimber, 2014;Sustein, 2017;Castells, 2018). Em função desses acontecimentos, tornou-se patente que, em ambientes de interações digitais, a comunicação política contemporânea também está sujeita a uma combinação de desinformação, polarização ideológica (e afetiva), propaganda microssegmentada e manipulação informacional (Zeitzoff, 2017;Benkler et al, 2018;Bennett;Livngston, 2018).…”
Section: Embates Discursivos Atores Envolvidos E Polarização No Twitterunclassified
“…Several works have discussed the role of social media in helping organizing protest movements and reporting protests around the world. Some researchers have shown that social media provides new ways of social organization and allows for new forms of protesting activity (Castells, 2012; Malini & Antoun, 2013), particularly because social media lacks traditional mediators (Gutierrez, 2013) and enables new forms of participation (Penney & Dadas, 2014), creating “new” decentralized and emergent movements (Castells, 2012). Toret (2012) argued that such movements have hybrid characteristics that turn personal issues into collective political processes, aggregating different political motivations into large social movements, which is similar to what happened in Brazil, where demands were not clear and the reasons why people were in the street were plural (Saad-Filho, 2013).…”
Section: Theoretical Backgroundmentioning
confidence: 99%