Objetivo: Com base na micros sociologia de Erving Goffman e na teoria sociológica de Pierre Bourdieu, o presente estudo objetivou analisar até que ponto o setor da musculação pode ser considerado um espaço generificado e sexualizado. Metodologia: Durante um ano, entre 2012-2013, realizou-se uma etnografia interacionista comparativa entre duas academias inseridas em dois bairros distintos da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Resultados e discussão: Os resultados indicaram como os espaços no interior dos estabelecimentos e as interações sociais entre os(as) frequentadores(as) se estabeleciam de modo eminentemente binário e sexista. Foi possível também apreender como as intersecções entre gênero e camada social revelam as formas como as academias se constituem como locais de práticas corporais (in)viáveis para determinados sujeitos. Considerações finais: Conclui-se que tais achados podem ser importantes para gestores(as), professores(as) de Educação Física e alunos(as) compreenderem alguns aspectos socioculturais que atravessam as interações entre as pessoas que circulam nesses estabelecimentos cotidianamente.