A subjetividade humana é constituída por experiências, elementos simbólicos e emocionais, imaginários e pulsões. Exemplifica-se pelas heranças intergeracionais que transmitem idealizações e fantasias. A sociedade vincula a mulher à maternidade, mas o desejo de ser mãe é subjetivo, pois a maternagem envolve um conjunto de princípios essenciais para o desenvolvimento da criança. O imaginário materno - fenômeno carregado de encantamento e os impactos das reverberações entre trabalho, maternidade e estresse na vida contemporânea levam à irrupção de comportamentos destrutivos, revelados pelas marcas da criminalidade; a premissa da “mãe boa” transmuta-se para a “mãe homicida”. Objetiva-se analisar as subjetividades maternas reveladas no crime de homicídio contra a prole, a fim de compreender sobre mães homicidas. O presente estudo de caráter qualitativo exploratório – descritivo e transversal, utilizou como abordagem artigos científicos, obras psicanalíticas e casos de homicídio materno contra a prole, com ocultação de cadáver, divulgados na imprensa jornalística digital entre o período de 2020 e 2022. Conclui-se que a subjetividade materna cambia fatores que impactam a maternagem, como; impacto das heranças intergeracionais, adoecimentos múltiplos, perda da identidade pessoal, egocentrismo, narcisismo, sendo indispensável o olhar dos representantes sociais – políticos, da saúde e demais profissionais para esses fenômenos.