O presente artigo baseia-se em estudos anteriormente realizados (IVENICKI, 2021 a, b, c), bem como em palestra recente no X Colóquio Internacional de Políticas Curriculares/VI Seminário Nacional do Grupo de Pesquisa Currículo e Práticas Educativas/III Simpósio da Região Nordeste sobre Currículo, realizado na Universidade Federal da Paraíba, em setembro de 2022, abordando a temática em tela. O objetivo central é o de contribuir para se desvendar contradições e desafios dos contextos educacionais que lidam com a pluralidade cultural, desafios estes que ainda ficaram mais expostos com o surgimento da pandemia de Coronavírus COVID-19, que eclodiu no mundo em 2020. O artigo aborda, em primeiro lugar, os significados das perspectivas multiculturais (IVENICKI, 2018, 2019, 2020) e interseccionais na educação e no currículo, apontando para suas possibilidades em contextos desiguais e multiculturais. Em seguida, delineia uma visão das políticas educacionais brasileiras voltadas para a mitigação do impacto da pandemia COVID-19 no sistema educacional brasileiro e seus impactos. Conclui, apresentando considerações para se pensar em currículos multiculturais e interseccionais em período (pós) pandêmico, de modo a se vislumbrar uma educação que busque superar desigualdades e o apagamento das diferenças.