Este artigo objetiva descrever e mapear as associações que envolvem uma heterogeneidade de elementos humanos e não humanos em um contexto de um programa de formAção-continuada em Modelagem Matemática na modalidade remota. Para tanto, seguiu-se os caminhos propostos pela Teoria Ator-Rede (TAR) com o intuito de apresentar um olhar voltado para as práticas mapeadas em um curso de extensão ofertado durante o Período Letivo Extraordinário (PLE) da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) na modalidade remota, em função da pandemia da Covid-19, em 2020. A proposta estava vinculada a três núcleos da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (Sbem), com sede em três universidades públicas no interior da Bahia. Toma-se a rede como uma "ferramenta metodológica", não apenas para descrever o que aconteceu, mas para analisar os elementos que criam um mundo e suas associações. Tem-se como referência os princípios do agnosticismo, da simetria generalizada e da associação livre para descrever as práticas. Os resultados indicam que associações estabelecidas entre os formadores-participantes e o WhatsApp, entre os formadores-participantes, o Google Meet e o Google Forms, bem como entre participantes do curso e o Google Classroom deram origem a novas associações que se denominam associações colaborativas internas, externas, alternativas e matemáticas. Essas associações colocaram em relevo o engajamento, a interatividade e a produtividade, cartografados no curso de formação.