“…Como em qualquer proposta evangelizadora, no pentecostalismo busca-se publicizar ao máximo através da mídia as narrativas testemunhais de pessoas que são em algum grau infl uentes e conhecidas na sociedade. Isso pode ser interpretado a partir dos pontos de vista de que é dever do sujeito em conversão "levar a palavra" a outras pessoas (Teixeira, 2011); de que um veículo de comunicação é um "canal santifi cado" de transmissão de projetos e missões religiosas (Birman;Machado, 2012); de que artistas tornam-se "indivíduos exemplares" no contexto pedagógico de certas congregações (Dullo, 2011;Natividade;Gomes, 2006); ou, como demonstrei em outro artigo (Bispo, 2018), de que o testemunho é um ato de fala público de longa tradição na cultura ocidental, ilustrador da concepção moderna de pessoa e um dos gêneros narrativos mais emblemáticos existentes entre os atos de fala cristãos, tal como a prece, a pregação, o sermão e a confi ssão, por exemplo Dullo, 2016;Dullo, 2016;Martins, 2016).…”