Estima-se que 271 milhões de pessoas utilizaram drogas entre o ano de 2016 e 2017. Quando comparado a 2009 é possível notar um aumento de 30%. O objetivo deste estudo foi identificar as relações do sujeito em situação de rua com a utilização de substâncias psicoativas, assimilando o contexto inserido e as manifestações de suas experiências por meio da perspectiva psicanalítica. Optou-se pela pesquisa qualitativa por possibilitar a análise de Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), mediante entrevistas semiestruturadas para a compreensão de questões teóricas e práticas com a população usuária de álcool e droga. A análise do DSC permitiu observar conceitos de busca da satisfação plena, sendo a droga um objeto da representação da impossibilidade da desmarginalização da vida e do desvelar do desejo frente às suas vivências e seu contexto de vida em âmbito social, provendo uma recusa a valores morais. Compreende-se as vivências e experiências presentes na construção do indivíduo vêm de acordo com sua realidade atual tendo as políticas públicas e o tratamento psicológico função de construção de outras possibilidades psíquicas, enfatizando recaminhos para a pulsionalidade.