Introdução: O tratamento de doenças causadas por enterobactérias é um desafio cada vez maior. Esse problema resulta na ineficiência dos antibióticos combaterem os patógenos ou estimularem a fagocitose de células do sistema reticuloendotelial, principalmente contra bactérias que se instalam e se multiplicam no interior de células fagocíticas. Alguns antibióticos são ineficazes em adentrar as células ou tem sua capacidade reduzida pela membrana plasmática. Assim, a comunidade científica reúne esforços buscando novas alternativas terapêuticas que ultrapassem essas limitações. Os lipossomas são nanocarreadores lipídicos capazes de encapsular antibióticos, visando o aumento na especificidade da entrega, a concentração de compostos entregues ao local, manter a concentração plasmática dos fármacos e proteger os princípios ativos. Assim, o objetivo dessa revisão foi descrever as principais propriedades lipossomais, enfatizando as vantagens de utilizar essas vesículas lipídicas para administração de antibióticos frente a infecções causadas por enterobactérias. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica através de buscas nas bases eletrônicas nacionais e internacionais selecionando artigos de 2007 a 2020 utilizando os descritores: Bactérias gram-negativas, Resistência bacteriana, Antimicrobianos e Nanotecnologia. Resultados: Lipossomas catiônicos e furtivos constituídos principalmente por colesterol, PEG, fosfatidilcolina e carboximetilquitosana encapsulando fármacos como amoxicilina, ciprofloxacina, cloxacilina, vancomicina, azitromicina, amoxicilina, cefepime, gentamicina e cefotaxime demonstraram atividade antibacteriana. Lipossomas encapsulando fármacos como cloranfenicol, azitromicina, gentamicina e polimixina B apresentaram maior eficiência antibiofilme frente a enterobactérias quando comparados aos fármacos não encapsulado. Conclusão: Os resultados mostraram que os lipossomas apresentam potencial terapêutico significativo para o tratamento de infecções causadas por enterobactérias.