oportunidade de aprendizado em um ambiente com elevado rigor acadêmico. Ao meu orientador Rogério Bastos Arantes, pela presença, partilha de conhecimento, sensibilidade diante de adversidades externas e dedicação impecável à produção científica. Aos professores e professoras Adrian Gurza Lavalle, Daniela Mussi, Elizabeth Balbachevsky, Jonathan Phillips e Rúrion Melo, que através das disciplinas ministradas me apresentaram importantes ferramentas para o aperfeiçoamento do projeto. À Marcia Staaks, Aureluce Pimenta e Vasne Santos, sem os quais esse trabalho não seria possível. A todas as minhas colegas do Programa de Pós-Graduação, com quem pude dividir momentos, ideias e angustias. Em especial agradeço à Beatriz Rodriguez Sanchez, pelo seu comprometimento com uma ciência feminista em forma e conteúdo. À SOF Sempreviva Organização Feminista e à Marcha Mundial das Mulheres, que com o seu trabalho persistente e acúmulo histórico, me ajudaram a despertar para os principais questionamentos contidos nesta pesquisa. Ao Vinicius Moraes da Cunha, pelo encontro que combina aconchego e afinidade intelectual. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001.
ResumoCom a eleição de governos progressistas nas duas primeiras décadas do século XXI, transformações significativas no âmbito dos direitos das mulheres ocorreram na América Latina.Enquanto algumas questões que se apresentavam como mais palatáveis perante a opinião pública avançaram, outras, mais polêmicas, progrediram timidamente, chegando a retroceder em alguns casos. As políticas sobre aborto são um exemplo desse processo. O presente trabalho realiza uma análise comparada das disputas e transformações do status jurídico do aborto na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai durante o giro à esquerda que caracterizou a região (2000 -2020), identificando quais configurações e condições influenciaram embates, mudanças e conservações em torno da questão.