INTRODUÇÃO É provável que o ser humano não perceba o fato de que aproximadamente um terço de sua vida seja dedicado ao ato de dormir, um período que é associado um padrão comportamental e eletroencefalográfico especifico (HOBSON, 1999). Apesar das inúmeras teorias propostas para explicá-lo, não existe na atualidade uma que inspire confiança em que toda a sua essência tenha sido estabelecida (CHOKROVERTY, 2009). De acordo com Reimão (1990): "O sono é definido como um estado funcional, cíclico e reversível, com manifestações comportamentais próprias do momento".Sabe-se que para a organização do ciclo circadiano três processos básicos encontram-se envolvidos: o Homeostático, o Ultradiano e o Circadiano (TALHADA, 2012). Embora separados, é a interação entre estes processos que determina a distribuição temporal e duração do sono e da vigília (TUKER; ZEE, 1999). Alterações na cadência circadiana são acompanhadas por alterações no sono, que podendo acarretar prejuízos biopsicossociais. Cardoso et al. (2009) inferem que o homem precisa de estabilidade de seu padrão do sono, em razão da interferência direta nas funções biológicas e, sobretudo, na consolidação da memória, visão, termorregulação, conversão e restauração de energia, extensivo à restauração do metabolismo energético cerebral.