O tempo e as suas possíveis relações com o cinema e com a literatura são o fio condutor deste artigo. Os processos psicossomáticos podem proporcionar-nos diferentes sensações e, consequentemente, diferentes percepções relativas à passagem do tempo, ganhando, no suporte cinematográfico, um potencial de experimentação eminente. Este fenómeno pode incentivar a passagem do espetador de um plano extradiagético para um plano intradiagético, conferindo-lhe um papel ativo na construção da narrativa. No entanto, este potencial não é exclusivo do filme interativo e já tinha sido trabalhado na literatura, por autores como Jorge Luís Borges e Italo Calvino.