Introdução: A Síndrome de Fournier pode causar uma série de disfunções orgânicas graves, inclusive o óbito. Suas lesões perineais caracterizam-se pela presença de tecido necrótico e deformidades locais ou adjacentes. A oxigenoterapia hiperbárica e terapia com pressão negativa são técnicas adjuvantes capazes de minimizar os danos provocados pela doença. Objetivo: Verificar qual técnica é mais efetiva quanto a redução do tempo de cicatrização das feridas provenientes da Síndrome de Fournier. Método: Foram coletados artigos das bases de dados Pubmed, Web of Science, Cochrane Library, Scopus e Embase utilizando a estratégia de busca: (“Fournier Gangrene” AND “Negative-Pressure Wound Therapy” AND “Hyperbaric Oxygenation”). Critérios de inclusão: estudos que abordaram pacientes do sexo masculino e utilização das técnicas OHB ou VAC na Síndrome de Fournier. Critérios de exclusão: estudos indisponíveis na íntegra, que envolveram pacientes transexuais, que interromperam o tratamento com tais técnicas ou que realizaram outros procedimentos adicionais para o fechamento das lesões. A revisão foi registrada no PROSPERO sob código “CRD42022314910”. Resultados e discussões: 14 artigos foram incluídos neste estudo, discutindo-se aspectos inerentes ao tempo de cicatrização e internação hospitalar, fatores de risco e qualidade de vida dos pacientes. O número de indivíduos submetidos à OHB superou aqueles submetidos ao VAC, havendo ainda, um pequeno grupo que utilizaram ambas as técnicas. Conclusão: Ambas as técnicas conferem múltiplos benefícios ao tratamento da doença. No entanto, não é possível eleger uma mais efetiva do que a outra devido a algumas limitações no estudo, bem como particularidades dos pacientes e das técnicas em questão.