Objetivo: caracterizar a prevalência de incapacidades físicas em indivíduos acometidos por hanseníase no pós-alta e sua relação com as doenças crônicas. Método: a população da pesquisa foi de 603 casos novos de hanseníase notificados entre 2001 e 2014 em municípios endêmicos no Piauí. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionários e avaliação neurológica simplificada. Análises estatísticas foram realizadas por distribuição de frequência, testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Resultados: observou-se a prevalência de incapacidade física de 70,43%, e associação significativa com a forma clínica multibacilar, sexo masculino, idade avançada e baixa escolaridade (p<0,01). Conclusão: a sobreposição de doenças não se comportou como um fator de risco, mas constatou-se frequência importante de pessoas. Registra-se a necessidade de planejamento de ações de saúde mais adequadas à população, fortalecendo a longitudinalidade do cuidado frente às condições crônicas.