Com o avanço da neurociência, nos últimos anos, faz-se importante refletir sobre as aplicações em sala de aula e contrapor as interpretações rasas de estudos científicos. Sendo assim, este estudo procura acentuar a interface existente entre neurociência e educação, visando aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, sob visões e panoramas interdisciplinares, e, sobretudo, evitar a proliferação dos chamados neuromitos arraigados na educação. O objetivo é promover subsídios para professores e profissionais da área da educação na apropriação de conhecimentos da neurociência a fim de incorporá-los na práxis de sala de aula. O problema norteou-se pelo questionamento de quais contribuições do campo neurocientífico incidem diretamente na prática pedagógica e na aprendizagem. A metodologia deu-se pela revisão de literatura com pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico. Dos 88 artigos encontrados por meio das palavras-chave, “neurociência”, “educação” e “sala de aula”, apenas 6 atenderam aos requisitos baseados no objetivo previamente descrito. No que tange subsidiar pesquisas futuras, considerando-se os desafios educacionais atuais, os resultados evidenciam que a interrelação neurociência/educação pode refletir no contexto da sala de aula, contribuir na formação de professores e cientistas mutuamente, no conhecimento do cérebro, na evolução de estratégias e intervenções bem-sucedidas no cotidiano educativo e contextos neurocientíficos.