RESUMO: "Atividade antinociceptiva do extrato metanólico bruto e das fases n-butanólica, clorofórmica e acetato de etila de Caulerpa recemosa (Caulerpaceae)". Neste estudo, tentamos identificar a atividade antinociceptiva do extrato metanólico bruto e das fases n-butanólica, clorofórmica e acetato de etila provenientes da alga Caulerpa racemosa. Esta alga é cosmopolita no mundo, principalmente em regiões tropicais. O extrato metanólico bruto e as fases n-butanólica, clorofórmica e acetato de etila foram administrados por via oral, na concentração de 100 mg/ kg. Estes foram capazes de reduzir a nocicepção produzida pelo ácido acético, sendo 47,39%, 70,51%, 76,11% e 72,24%, respectivamente. No ensaio da placa quente as fases clorofórmica e acetato de etila foram ativas neste modelo. Na fase neurogênica do teste de formalina, foi observado que o extrato metanólico bruto (51,77%), fase n-butanólica (35,12%), fase clorofórmica (32,70%) e indometacina (32,06%) foram eficazes em inibir a resposta nociceptiva. Na fase inflamatória, apenas a fase acetato de etila (75,43%) e indometacina (47,83%) foram capazes de inibir significativamente a resposta nociceptiva. Com base nestes dados, podemos sugerir que o a fase acetato de etila apresenta um significativo efeito anti-inflamatório, cuja potência ainda não foi determinada. No entanto, estudos farmacológicos e químicos serão necessários, a fim de caracterizar o mecanismo responsável pela ação antinociceptiva e também para identificar outros princípios ativos presentes na alga Caulerpa racemosa.Unitermos: Caulerpa racemosa, Caulerpaceae, antinociceptivo, anti-inflamatório, alga.
ABSTRACT:In this study, we attempted to identify the possible antinociceptive actions of n-butanolic phase, chloroformic phase, ethyl acetate phase and crude methanolic extract obtained from Caulerpa racemosa. This seaweed is cosmopolitan in world, mainly in tropical regions. The n-butanolic, chloroformic, ethyl acetate phases and crude methanolic extract, all administered orally in the concentration of 100 mg/kg, reduced the nociception produced by acetic acid by 47.39%, 70.51%, 76.11% and 72.24%, respectively. In the hotplate test the chloroformic and ethyl acetate phase were activite in this models. In the neurogenic phase on formalin test, were observed that crude methanolic extract (51.77%), n-butanolic phase (35.12%), chloroformic phase (32.70%) and indomethacin (32.06%) were effective in inhibit the nociceptive response. In the inflammatory phase, only the ethyl acetate phase (75.43%) and indomethacin (47.83%) inhibited significantly the nociceptive response. Based on these data, we can infer that the ethyl acetate phase shows a significant anti-inflammatory profile, whose power has not yet been determined. However, pharmacological and chemical studies are continuing in order to characterize the mechanism(s) responsible for the antinociceptive action and also to identify other active principles present in Caulerpa racemosa.